Representar uma turma na solenidade de formatura não é tarefa simples.
Exprimir em algumas palavras os sentimentos de todos os formandos pela celebração desta conquista tão importante, que é o curso ECEC, sigla que significa ENSINANDO COM ÊXITO AS CRIANÇAS – Nível 1.
Duas palavras-chave podem abranger a essência deste momento ímpar em nossas vidas de formandos: GRATIDÃO e VISÃO. Vou iniciar pela primeira palavra.
Em nome da minha Turma... GRATIDÃO ao Rei eterno// imortal e invisível // ao único Deus Verdadeiro.
A Ele sejam tributadas a honra...// e a glória, para todo o sempre. Obrigado, Senhor por mais esta vitória//
Imagino, como a palavra GRATIDÃO se torna pequena e pálida diante do Criador de tudo e de todos........ Pois ao Senhor pertence as nossas vidas//, cada manhã que levantamos, o ar que respiramos, a saúde que nos sustenta // reconhecemos que não estaríamos aqui se não fosse soberana vontade de Deus.
“Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso, estamos alegres” (Salmo 126, versículo 3).
Nosso coração se derrama de gratidão àqueles que estiveram orando por nós e garantindo de alguma forma o indispensável apoio a mais esta conquista: a família, o pastor, a igreja. Obrigado pela dedicação e cuidado, seja ele financeiro, emocional, pelas palavras de incentivo e de perseverança. Esta conquista é vossa também!
Obrigado e muito obrigado mesmo à APEC, através das professoras Fleudina e Damaris, que neste curso de formação, demonstraram satisfação e empenho no que fazem, e com isso, acrescentaram muito em nossa formação.
Mesmo sendo um curso de curta duração, foi possível constatar o tripé da Universidade: ENSINO, PESQUISA e EXTENSÃO.
O ensino em classe, a pesquisa em casa, e a extensão na classe de 5 dias, constituíram esse processo de assimilar um pouco de cada exemplo, agregar à personalidade de cada um. Estamos conscientes de que o restante da formação será tarefa exclusiva de cada formando.
Agora, a Gratidão é também dirigida às colegas de turma. Quantas coisas enfrentamos e descobrimos juntas, não é mesmo?! Com certeza nossos agradecimentos são recíprocos pela oportunidade e o privilégio da convivência. Creio que hoje, além de irmãs em Cristo, também ficamos amigas e intercessoras umas pelas outras.
Queridas colegas e dignos convidados:
Se a primeira palavra foi GRATIDÃO, a segunda é VISÃO.
Este ECEC foi o momento oportuno para refletir sobre a VISÃO que representa nosso chamado divino para o magistério da Palavra de Salvação às crianças desde a sua mais tenra idade.
Tivemos nossos olhos abertos para entender que é uma tarefa urgente para a Igreja da Última Hora// investir na formação de uma grande lavoura de Deus // plantando a preciosa semente na sempre boa terra que é o coração de cada criança deste planeta!
A primeira palavra-chave – GRATIDÃO -- exprime o sentimento que transborda a nossa alma nesta noite solene.
A segunda palavra-chave – VISÃO -- resgata a essência da vida cristã.
Ela só faz sentido se tivermos a visão de que cada coraçãozinho sem Cristo é um campo missionário.
Se para tudo existe um primeiro passo, não tenho dúvidas de que o primeiro passo no serviço cristão é VER, enxergar, compreender. Nesse VER// a primeira necessidade é ter uma VISÃO de Deus. O chamado de Isaías posiciona isto de forma bem clara no capítulo 6 versículos 8 e 9:
“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: a quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: vai e dize a este povo...”
A visão vem antes do chamado. Porque sem VISÃO a missão não faz sentido.
• Deus quer que vejamos a Ele em sua grandeza e soberania.
• Deus quer que vejamos as crianças e suas necessidades.
• Deus quer que vejamos o Evangelho e seu poder.
• Deus quer que vejamos a nós mesmos e a nossa responsabilidade.
Primeiramente Isaías viu a posição do Senhor:
- Assentado sobre um alto e sublime trono.
E dessa posição Deus controla a tudo e a todos, soberanamente.
Depois, Isaías viu a pureza do Senhor:
- Os serafins clamavam entre si: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
Diante dessa santidade absoluta o pecado não encontra lugar.
Depois, Isaías viu o poder do Senhor:
“As bases do portal se moveram diante da voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça”.
Esse mover mostrou a Isaías que Deus é poderoso e para Ele não há impossível.
Garanto a todos vocês que/// não existe programa de transformação social que possa resgatar os milhões e milhões de crianças que estão abandonadas// pelas ruas e dentro de casa. Mas, cada um de nós, dotados da visão do profeta, somos instrumentos de Deus e agentes do maior programa de transformação social // jamais imaginado // que é a pregação clara,// objetiva e simples do Evangelho que é poder de Deus // para a transformação de todo aquele que crê. Incluídas as crianças e adolescentes.
Caríssimas formandas e formando:
Sem VISÃO não conseguiremos enxergar as necessidades e nem as possibilidades.
Em Atos 26 e 19 Paulo declara que não foi desobediente à visão celestial.
Pouco antes, ao ser derrubado do cavalo, pelo poder de Deus, ainda como Saulo de Tarso -- ele ouve o Senhor lhe dizer:
Levante-se e fique em pé. Eu apareci a você para o escolher como meu servo, a fim de que você conte aos outros aquilo que viu hoje, e também anuncie o que vou lhe mostrar quando lhe aparecer de novo.
Deus quer falar conosco. Ele quer se revelar a nós. E nos mostrar as carências do mundo que estão a nos desafiar. E nesse contexto de violências e desesperanças estão as nossas crianças.
Quero finalizar esta fala, em nome de minhas colegas que aí estão, de pé, com uma ilustração que corre o mundo, contando a estória de um menino, filho de um pescador, que de tanto observar as idas e vindas do pai no barco do patrão, decidiu fazer para si uma miniatura daquele barco.
Nos finais de tarde, após cumprir suas tarefas, o menino ia até o riacho brincar com seu barquinho. Certo dia, uma onda maior veio de surpresa e... lá se foi o barquinho.
Seu pai, vendo o desespero do menino, procurou acalmá-lo dando-lhe vários outros brinquedos e até um animal de estimação. Mas, nada disso o consolou. Ele até sonhava com o seu barquinho.
Um dia, indo ao mercado com o pai, o menino parou em frente a uma loja de artesanato com muitos brinquedos na vitrine. E, de repente... olha lá!
O barquinho dele estava à venda. Ele mal podia imaginar. Convidou o pai, entrou na loja e pediu seu barquinho. Alegou que era ele que tinha construído aquele barquinho, contou detalhes e características.
Mas, o lojista não se emocionou com a estória. Disse pro menino que ele só teria o barquinho de volta caso pagasse o preço.
O menino voltou pra casa chorando. Mas, tomou uma atitude. Vendeu todos os outros brinquedos e até o animalzinho de estimação que o pai lhe havia dado como forma de consolo.
Então, voltando ao mercado com o pai, dias depois, entrou na loja de artesanato, perguntou o preço, tirou o dinheiro do bolso e mandou o lojista contar. Pronto. Estava pago.
O menino então, toma o barquinho em suas mãos, olha e beija; beija e olha; abraça e pula de alegria e diz:
Ô, meu barquinho. Agora você é meu duas vezes. Sim, você é meu duas vezes barquinho: Porque eu te fiz. E, agora, eu te comprei!
Queridos formandos, colegas de ambas as turmas,ilustres convidados, Igreja do Senhor. Milhões de barquinhos estão esperando pelo resgate, embora o preço já tenha sido pago.
Em poucas semanas estaremos na África, colocando em prática os preciosos ensinamentos aqui recebidos, e fazendo cada vez mais conhecido o texto de JOÃO 3.16:
Porque Deus amou o mundo – inclusive as crianças -- de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.
Façamos deste versículo a grande motivação de nossas vidas a partir desta noite. Minhas Colegas: obrigada pela honra de representá-las!